A grosso modo dizem que todos temos uma "data de validade". Tenho um grande amigo que costuma dizer que quando estamos na agenda de Deus o compromisso é inadiável. Apesar de não termos tido o prazer mútuo de nos conhecermos, eu conheci Jobs como a maioria o conheceu - através de suas geniais criações.
Nascido em São Francisco, estado da Califórnia, Jobs, com apenas cinco anos, mudou-se com seus pais adotivos para Palo Alto, cidade que ficaria conhecida como um dos polos da tecnologia e comporia o Vale do Silício. Em Palo Alto, Jobs conheceu seu amigo e futuro sócio Steve Wozniak e, em 1975, nasceu o primeiro computador da Apple, produzido na garagem dos pais de Jobs.
A história é longa e a omitirei parcialmente propositadamente. Em 1984, lançaram o Macintosh, um computador com um proposta inovadora. Em 1985, o corpo diretor o afastou da companhia devido ao seu "comportamento temperamental". Em 1997, quando a Apple enfrentava uma forte crise de vendas, Jobs foi convidado a retornar à Apple para reerguê-la, voltando a ser o CEO (diretor-executivo) interino da companhia.
Nesta segunda fase, sob o comando de Jobs, foram desenvolvidos a nova linha de computadores iMac e os notebooks MacBook, sem falar no revolução causada com o player de música iPod, o iPhone e o recente lançamento do iPad, o primeiro tablet vendido em larga escala no mundo...
Quando me refiro a Jobs como uma lenda viva o digo pelo simples fato de ele ter sido o grande idealizador de produtos eletrônicos que mudaram o comportamento e relação das pessoas com mundo digital. Acredito que ele (ou sua memória) estará sempre vivo(a) enquanto a Apple existir e enquanto se usarem iPhones, iPads e qualquer outro "i" que a Apple ainda não tenha inventado...
O que isso tem a ver com investimentos?
A resposta é simples, por trás de uma grande empresa existem sempre ações que são negociadas em bolsas de valores. Apesar de virtualmente ninguém duvidar que a Apple seja uma grande companhia no momento, o mercado acionário, só pelo fato do passamento de Jobs, já sinalizou uma queda nos preços das ações da empresa.
Ora, a partida de Jobs já era esperada devido à seriedade do quadro clínico que enfrentava, mas o mercado acionário não é exatamente racional, muito pelo contrário, parece ter humor próprio e muitas vezes é rapidamente movido por boatos ou medos infundados, ao passo que em outros momentos leva tempo para reconhecer uma ótima empresa ou a sua recuperação. Talvez a explicação para o mercado se guiar tanto por boatos e medos infundados repouse no fato dos investidores tentarem se antecipar aos movimentos dele, tentando lucrarem mais ou reduzirem prejuizos.
Parece irônico, mas as ações da atual maior rival da Apple, a Samsung, subiram 4% após a partida de Jobs. Ironia ou coincidência? Deixo essa pergunta para o leitor tentar responder.
Espero que Jobs esteja em um lugar melhor, onde haja mais felicidade e justiça. A ele uma boa eternidade...
E para nós um bom presente, com bons investimentos.
DF
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Daniel