terça-feira, 1 de novembro de 2011

Deversificar ou Não, Eis a Questão - continuação

Queridos leitores, tenho certeza que o último post pode ter chamado a sua atenção para este importante fator de equilíbrio dos seus investimentos. Vou procurar ser o mais direto possível hoje, pois preciso diversificar o meu tempo com várias outras atividades. Acho que já ficou claro que a diversificação além de uma possibilidade é uma boa prática quando falamos em investimentos.

A diversificação vai trazer a possiblidade de "mais tranquilidade", pois não ter todo o seu dinheiro aplicado em apenas uma modalidade de investimento apenas, será essencial para a preservação de capital no longo prazo. Gostaria muito de poder dar a perfeita receita para que o seu "bolo de dinheiro" levedasse e ficasse realmente enorme e saboroso para ser degustado conforme a sua vontade ou necessidade, mas o fato é que isso também demandará algum esforço da parte do "grande cozinheiro", ou seja, você.

Vários experts no assunto defendem que investimentos de o longo prazo demandam diversificação para a proteção do capital e, consequente, "maior tranquilidade" do dono do capital. Você pode estar a se perguntar: por que me refiro à proteção do capital? É simples, dependendo de suas possibilidades de renda (de ganhar dinheiro) e condições de vida no presente e num futuro próximo, talvez a maciça perda do seu capital seja sumária! Não lhe restando tempo ou condições adequadas para reaver o patrimônio antes construído. Se é possível evitar tamanho infortúnio, é melhor entender como...

Alguns defendem que é bom começar a diversificar a partir dos 50 mil reais. Já vi outros analistas falando em 30 ou 20 mil reais. Como falei, não há a receita do bolo perfeito... É comum os analistas de investimentos de bancos recomendarem mais ou menos o seguinte:

  • 25% em Poupança,
  • 25% em CDBs ou Fundos de Renda Fixa (RF),
  • 25% em Fundos de Ações, Multimercados, Imobiliários etc.
  • 25% em Ações (com uma carteira diversificada).
Observe que a pessoa seguindo a proposição acima terá 50% de seu capital investido em Renda Variável e 50% aplicado em Renda Fixa, o que poderá ser bom para alguns, mas não para todos. Afinal, todo investimento deve sempre ser feito levando-se em conta os objetivos do investidor no curto, médio e longo prazo.

É recomendável que você nunca invista em Renda Variável (Fundos, Ações etc.) um dinheiro do qual você possa precisar emergencialmente, pois caso você precise resgatar o dinheiro aplicado as variações podem estar negativas em relação ao investimento inicial e você, literalmente, perderá dinheiro. Recomenda-se que você tenha guardado em poupança ou CBD o referente a pelo menos 6 meses de salário para poderem ser usados numa emergência sem que você precise utilizar o dinheiro aplicado em Renda Variável. A Renda Variável deve sempre ser composta daquele dinheiro que você poderá deixar por um longo prazo aplicado, esperando o momento certo de resgatá-lo com a realização de lucro.

E se o que disponho é bem pouco pois ainda estou começando, o que devo fazer?

Nesse caso, não se preocupe ainda em diversificar, mas saiba que em algum momento no futuro isso será necessário. A poupança (por não ter custo ou impostos inclusos) é a melhor opção. Depois que você tiver pelo menos 5 mil reais, poderá, se isso lhe aprouver, investir 1000,00 em outra modalidade, como ações, por exemplo. Lembrando que você deve se respeitar quando investir, fazendo-o no que lhe deixe mais satisfeito consigo e com o seu dinheiro.

A carteira de ações deverá ter alguma diversificação, se você está começando é natural que tenha comprado ações de apenas uma  ou suas empresas. Mas conforme for alocando mais recursos em ações o ideal é promover a diversificação da carteira. É aconselhável se investir em pelo menos 4 ou 5 empresas de setores diferentes.

Sabe-se que no mercado brasileiro empresas do setor elétrico pagam bons dividendos, mas alocar o seus recursos em várias empresas do mesmo setor não será uma boa estratégia, visto que quando houver problemas que impactem o setor haverá uma grande chance de todas sofrerem desvalorização de uma só vez. Portanto, prefira setores diferentes, como uma do setor de varejo, uma do setor elétrico, uma do setor de siderurgia, uma do setor de informática, outra do setor de materiais bélicos, uma do setor agrícola..., assim, a diversificação e proteção de capital estarão caminhando juntas.

Lembre-se, porém, que a proteção de capital não é uma regra infalível, movimentos da economia mundial ou local podem gerar dificuldades em vários setores ao mesmo tempo, como é o caso da atual crise vivida nas bolsas de valores pelo mundo, que causam reflexos aqui no Brasil.

Bons (e Diversificados) Investimentos!
DF

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Daniel