domingo, 30 de janeiro de 2011

Investimentos para que te quero?

Quando ando por aí ou quando converso numa roda de amigos sempre surgem as conversas sobre dinheiro e investimentos... Talvez porque investir seja uma necessidade do ser humano, quem sabe, baseada na mesma motivação das formiguinhas que juntam alimento no verão para os dias mais frios (lembrando da fábula da formiga e da cigarra, de Esopo). O fato é que ao pensarmos em investimentos, ou melhor, em investir, nos deparamos com uma difícil realidade de ser encarada - a de que muitas vezes precisamos começar nossos investimentos do zero!
É verdade que muitas pessoas abastadas foram beneficiadas com oportunidades diferenciadas por nascerem em famílias ricas, no entanto, muitos dos grandes empresários que conhecemos hoje, que aparecem frequentemente na TV, vieram de uma realidade bastante difícil e construíram fortuna através de dedicação em seu trabalho e em seus investimentos.
Algumas pessoas acham que não precisam se preocupar com o futuro, e portanto, não devem se preocupar em como investir ou em guardar dinheiro. Afinal, perguntam: "para que guardar se posso comprar o que quero e ser feliz no aqui e agora?" Penso que a resposta para esta pergunta está na concepção pessoal que cada um tem da vida e da expectativa de vida que cada um tem ou acha que tem. Quem vive mais precisará de mais dinheiro para viver, parece lógico, não? Mas e o lado psicológico da coisa? Enquanto seres emocionais, com fortes tendências à inconstância e bombardeados diariamente por apelos ao consumismo nunca dantes imaginados, guardar para o futuro tem se tornado uma coisa cada vez mais difícil de ser alcançada.
As bases de uma hábito de investir tem a ver com disciplina. Com certeza todos devemos ter memórias de como fomos educados por nossos pais, como professores nos trataram quando relaxávamos na entrega de uma tarefa ou quando subvertíamos a ordem estabelecida, ou ainda num relacionamento não muito produtivo com um (ex)chefe no emprego. Essas memórias podem afetar o sentimento que temos em relação à disciplina, por vezes, minando nossas tentativas de engrenar num projeto de longo prazo para "dias melhores" no futuro. T. Harv Eker, em seu livro "Os segredos da mente milionária" traz o conceito de modelo de dinheiro, dizendo que a forma como lidamos com nossas finanças tem uma relação direta com o que nossos pais nos ensinaram com atitudes (muito mais que com palavras). 
Em outras palavras, se você tem dificuldades em poupar ou em investir seu dinheiro de forma responsável e rentável é provavelmente porque você é humano, mas saiba que nem tudo está perdido, pois os fatores que influenciam a relação que você tem hoje com o seu dinheiro podem ser mudados. Respondendo a pergunta inicial: quero investimentos para ter um futuro mais tranquilo.