Como será o seu 2012?

Caros leitores, desejo-lhes um ano novo repleto de ralizações pessoais e profissionais, com desafios sendo vencidos e dificuldades pessoais sendo deixadas para trás...

Eis que o fim de 2011 se aproxima e pergunto a mim mesmo: como será 2012?

Uma coisa é certa, se continuarmos vivos (coisa que desejo a todos e a mim) estaremos lidando com necessidades, desejos e desafios, alguns novos, outros já bem conhecidos de cada um de nós, por terem nos acompanhado ao longo dos anos.

A experiência de iniciar este blog foi recompensadora, obtive mais de 1.100 acessos, postando conteúdo com uma regularidade semanal ou quinzenal desde junho, apesar do blog ter sido oficialmente aberto em fevereiro. Apesar da quantidade de acessos dizerem bastante sobre uma página na WEB, não significam muito, pois as páginas com pornografia são as mais visitadas, mas certamente são as que menos acrescentam à vida das pessoas que as utilizam.

Sei que provavelmente muita coisa na sua vida permanecerá tal e qual no próximo ano, mas acho que algumas coisas poderão mudar, não que o próximo ano tenha algo de ultra especial em relação ao que se passou - pensar assim parece apelar para o desconhecido - afinal, segundos, minutos, horas, semanas, meses e anos são apenas uma forma que achamos para entender os ciclos e desgastes da antureza e da vida.

O tempo é uma condição importante para que as suas finanças possam se equilibrar e também para que os juros compostos façam-lhe enriquecer materialmente. Lembre-se que ter muitos bens talvez não faça de você uma pessoa materialmente rica. Quer um exemplo?  Outro dia veio uma pessoa recolher da garagem de meu prédio um carro importado de uns 200 mil reais que não estava com o pagamento das prestações em dia. Ter muitas coisas e pagar vários financiamentos pode lhe tornar mais porbre que rico, já que você estará pagando juros ao banco que lhe financiou a compra.

Talvez seja o momento de você guardar o 13º (se já não tiver se esgotado com as compras de Natal) para quitar  à vista e com desconto cobranças como IPTU, IPVA, material escolar (se tiver filhos ou afilhados),  o seguro do seu carro ou, ainda, aquelas prestações do financiamento que estão atrasadas.

A partir daí, você terá melhores condições de pensar sobre um plano de investimento para 2012, a fim de lhe fazer mais rico, mas, principalmente, tornar a sua relação com o dinheiro mais leve e tranquila, sem ser displicente, afinal, se o dinheiro não nos serve para tornar as possibilidades da vida mais interessantes, para quê ele servirá? Para dar dor de cabeça? Espero que você responda um grande NÃO!

O tempo parece ser uma invenção do homem para entender algo que a maioria de nós parece não entender, veja poesia abaixo:

O trem de ferro

Num trem,
em grande disparada,
pai e filho corriam.
E ambos o que viam?

As montanhas, os montes
os horizontes,
o matagal cerrado,
os penedos, 

os rochedos,
os arvoredos...
Tudo a correr com a rapidez do vento
tresloucado.

E o trem, que era em verdade o que corria,
parecia estar parado.

A criança, o petiz, cheio de espanto,
lhe perguntou:"Papai,
por que é que tudo ao longe está correndo tanto,
e o trem daqui não sai?!"

Os passageiros riam,
pois sabiam
que o petiz se enganava.
O trem, que parecia estar
imóvel,
era de fato o que corria
e voava.

Dos passageiros todos, um, somente
nem de leve sorriu
E então os passageiros riram dele
porque ele não riu.

E o poeta (era um poeta...) disse então:

"É natural, senhores,
a ilusão
do petiz iludido.
Muitas vezes a nós a mesma coisa
já tem acontecido.
E vós, ó meus senhores,

-os cientistas, os sábios, os doutores-
caís no mesmo engano lisonjeiro,
pois, afinal, todos nós nos enganamos,
quando, todos os dias, exclamamos:
- Como é que o tempo passa tão ligeiro!...
E nós é que passamos".

(Catulo da Paixão Cearense)

Já que nós que é que passamos (Catulo) e o tempo não pára (Cazuza)... 

é melhor passarmos com mais de dignidade, mais sonhos realizados e menos preocupações com dinheiro, você não acha?

Um ótimo 2012 com bons investimentos e ótimas realizações!

Sinceramente,

Daniel Fonteles